terça-feira, abril 10, 2007

Sócrates...

Acho graça àqueles que agora vêm reclamar do facto de não ser necessário ter formação superior para ser 1.º Ministro. Tentam com isto desviar a questão para o acessório esquecendo o essencial. Também acho graça à classificação "barata" de jornalismo "reles" para os orgãos de comunicação social que seriamente pesquisam esta matéria. Afinal não é só o 1.º Ministro que procura condicionar o funcionamento da imprensa livre, há por aí muito português que preferia ver este caso ocultado... Reminiscências do passado, afinal a sombra de Salazar anda mesmo por aí.

Basta, os tempos já não são os do outro senhor. Quem tiver informações sobre esta matéria, com provas evidentes, faça o favor de dar o passo. A democracia é mesmo assim, às liberdades somam-se as obrigações. Sr. Eng. Pinto de Sousa, arranjou uma embrulhada? Agora livre-se dela...

Falta de vergonha é o que retrata esta situação. É muito mau que um 1.º Ministro tente passar uma imagem de credibilidade ao país e depois se veja envolvido num escandalo que envolve um diploma de licenciatura obtido à custa de pancadinhas nas costas e faxes em papeis timbrados... Este assunto só pode terminar com um pedido de desculpas ao país. Se errou deve assumir que errou e acatar as respectivas consequências.

Revolta-me, particularmente, o facto de esta questão envolver uma instituição de ensino superior privado. Afinal de contas eu fui alunos duma instituição de ensino superior privado e custa-me que se confunda o trigo com o joio!

Ontem o Prof. Mariano Gago disse que eu era um individuo daqueles "que o país se deveria orgulhar". Estando a trabalhar à cerca de 10 anos, retomei os meus estudos e fui fazer uma pós-graduação, mas uma pós-graduação a sério.

Aplaudo o blog http://doportugalprofundo.blogspot.com/ e o seu autor pela coragem, isenção e dignidade com que tem tratado esta matéria.